Todo negócio apresenta algum tipo de risco e, em muitos casos, existe uma relação direta entre risco e rentabilidade. Entretanto, alguns riscos do negócio não têm relação com a expectativa de retorno, por isso, mensurá-los é um fator determinante e extremamente relevante no processo de tomada de decisões de uma empresa.
Atualmente, o cenário mercadológico está cada vez mais dinâmico e globalizado, tendo maior risco de crises econômicas, tanto internas como externas. Consequentemente, isso aumenta a competitividade entre empresas, diminuindo o espaço para erros e pressionando as marcas a adotarem diferentes tipos de estratégias.
Para garantir um bom gerenciamento de riscos para a sua clínica, é necessário que os riscos sejam quantificados e qualificados. A seguir, vamos apresentar um modelo de gestão de riscos que se baseia em 6 etapas:
1ª etapa – Identificação:
Nessa primeira fase, o segredo é a antecipação. Esse é o momento de estudar quais riscos são capazes de afetar sua clínica e se preparar para determinadas situações que podem afetar seu negócio. Para isso, é uma boa ideia reunir os executivos, para que cada um aponte os possíveis riscos de suas áreas.
2ª etapa – Categorização:
Essa etapa é de extrema importância, pois você descobre em quais áreas deve-se trabalhar o controle de riscos. Existem diferentes tipos de riscos, mas os mais comuns são: operacionais, como greve ou falta de energia; de mercado, como falta de matéria-prima e diminuição da demanda; financeiros, como inflação ou alta de juros.
3ª etapa – Análise:
Nesse momento, é preciso analisá-los para entender, de fato, até que ponto cada um deles pode acontecer. Para isso, é necessário escolher as métricas mais relevantes para o seu negócio, pois a partir dessa análise, será possível obter uma previsão bastante razoável da efetividade dos seus riscos.
4ª etapa – Priorização:
É extremamente importante entender que não é necessário tratar todos os problemas ao mesmo tempo. Na maioria das vezes, é muito mais interessante priorizar os seus riscos, permitindo que seja aplicado o tempo e os recursos necessários para sua solução.
5ª etapa – Tratamento:
Tratar seus riscos significa determinar as medidas necessárias para evitar que riscos aconteçam, mas caso não seja possível evitá-los, esteja preparado para controlá-los da melhor forma.
6ª etapa – Monitoramento:
Por ser uma constante, é preciso manter um monitoramento periódico dos riscos e das medidas tomadas, checando a eficácia das mesmas.
Ferramentas de gerenciamento de risco
Existem algumas ferramentas básicas que podem ser aplicadas neste processo:
1. “What if” – Basta questionar: “e se?”, ou seja, “e se isso acontecer?”, “e se isso faltar?”… Ao final do método, é criado um relatório a fim de documentar todos os riscos levantados e as recomendações para cada um deles.
2. FMEA – É o “modo de falha de processo e análise eficaz”. É uma ferramenta que identifica e avalia as chances de determinado risco ocorrer. De forma geral, a FMEA está estruturada em:
O processo é a etapa que está sendo analisada. A função descreve qual a finalidade do processo do serviço.
O modo de falha corresponde a todas as falhas que o processo está sujeito. As causas são todos os motivos pelos quais a falha acontece, e os efeitos são as consequências geradas pelo erro.
O modo de detecção refere-se ao modo de tratamento da falha em questão, os índices são a parte quantitativa da FMEA. São eles:
- Ocorrência – está relacionada às causas e informa a frequência da falha.
- Severidade – está ligada aos efeitos e corresponde ao quão grave aquela falha é para o ambiente, interno ou externo.
- Detecção – se relaciona ao modo de detecção e quantifica a facilidade de identificar a falha.
3. Análise Preliminar de Risco: A APR é uma técnica de avaliação prévia dos riscos envolvidos em determinada atividade, consiste em um detalhamento minucioso de cada etapa do trabalho, e dos riscos envolvidos nessa tarefa. Os principais objetivos desta técnica são:
- Estabelecer medidas de salvaguarda.
- Estabelecer procedimentos seguros.
- Prevenir a ocorrência de acidentes.
- Reduzir gastos excessivos.
Para implementá-la, faça uma lista de todos os riscos que seu negócio pode correr. Ao lado de cada tópico, coloque uma nota, quanto maior a nota, maior é a chance do risco acontecer. Dessa forma, é possível estabelecer como priorizar as medidas de prevenção dos possíveis riscos envolvidos nos processos de seu empreendimento médico.
4. Matriz GUT – Prioriza a resolução de problemas por meio de três critérios: gravidade, urgência e tendência. O segredo para entender a matriz com eficiência é conhecer bem seus critérios de classificação:
- Gravidade: avalia o impacto ou intensidade que o problema pode gerar caso não seja resolvido. Nesse momento, é importante analisar todos os pontos que poderão ser afetados. A pontuação da gravidade varia de 1 a 5, sendo 1 – pouca gravidade e 5 – extremamente grave.
- Urgência: essa etapa está relacionada ao tempo. Quanto mais rápido determinada situação precisa ser resolvida, mais urgente ela é. Logo, esse fator leva em conta o prazo e a necessidade para solucionar um problema. A pontuação da urgência varia de 1 a 5, sendo 1 – pode esperar e 5 – necessidade de ação imediata.
- Tendência: diz respeito ao padrão de evolução da situação, ou seja, indica se o problema tende a piorar rapidamente, ou se deve permanecer estável caso não seja solucionado de imediato. Assim como as outras, a pontuação da tendência varia de 1 a 5, sendo 1 – não mudará e 5 – vai piorar rapidamente. Após pontuar seus problemas, multiplique os 3 números e resolva seus riscos do maior para o menor.
Agora que você sabe como realizar a gestão de riscos da sua clínica, confira o texto “Uma clínica lucrativa pode quebrar?” e veja quais são os principais motivos que podem levar uma clínica a falência. Aproveite e confira o sistema da Plataforma Lever. Faça uma simulação conosco!