Conheça os tipos de glosa médica e como evitá-las

Segundo dados da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), atualmente o índice de glosa chega a impactar 3,76% da receita líquida dos hospitais. Veja o que pode ser feito para contornar esse problema. 

 

Uma das maiores preocupações de qualquer negócio é prestar um serviço e não receber nada por ele, não é mesmo? Infelizmente, isso é algo comum na área de saúde e leva o nome de “glosa médica”. Dito isso, clínicas, hospitais e laboratórios, podem sofrer com o não pagamento, por parte das operadoras de planos de saúde, de algum item que compõe a conta hospitalar de um paciente.  

Isso pode acontecer por uma série de fatores, como a realização incorreta de uma cobrança, pela falta de informações, uso de equipamentos ou materiais não acordados previamente. Como resultado, além de transtornos administrativos, perda de tempo e atraso nos recebimentos, a empresa também terá prejuízo financeiro.  

É possível fazer uma revisão e contestar uma glosa, porém estamos falando de um processo que nem sempre representa um sucesso. A melhor estratégia é evitá-las, mas, para isso, primeiro é preciso conhecer os motivos mais comuns para o surgimento de glosas no faturamento. Elas podem ser divididas em três categorias: 

 

  • Glosa administrativa 

A glosa administrativa é a mais comum e está ligada a pequenos erros, como o preenchimento incorreto de uma guia, a falta de uma assinatura do paciente, um erro de digitação ou um documento fora da data de validade.  

 

  • Glosa técnica 

Geralmente, essa glosa acontece quando existe uma inconsistência nas informações ou nos métodos usados para atender um paciente. Um procedimento feito sem autorização ou prescrição, por exemplo, pode gerar esse problema. Essa glosa é mais complexa e necessita de um auditor técnico para ser verificada e contestada. 

 

  • Glosa linear 

A glosa linear é bastante frequente e acontece quando a operadora questiona alguma coisa dentro do processo, como o preço dos materiais e/ou dos medicamentos usados. Se a operadora julgar que os valores estiverem acima do estipulado ou do valor de mercado, mesmo que eles não estejam, pode acontecer a glosa.  

Agora que listamos alguns dos motivos que podem originar glosas médicas, fica mais fácil de pensarmos como preveni-las. Porém, não se engane, evitar as glosas requer planejamento e, muitas vezes, investimento. 

 

Como se prevenir contra as glosas 

  1. Conheça as leis que regulam o setor 
    Pesquise e entenda as leis que regulam o setor e os contratos firmados entre você, prestador, e as operadoras de saúde. Cada uma possui seus próprios mecanismos para lidar com a autorização de procedimentos, por exemplo.  
    Sua equipe também precisa estar sempre atualizada sobre as Resoluções Normativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Lembrando que as resoluções podem passar por reconfigurações, por isso, é preciso acompanhar as notícias. 

  2. Compartilhe informações 
    Como em qualquer área, o erro humano é responsável pela maior parte dos problemas. Com a glosa, não é diferente. É preciso educar e disseminar informações a respeito das normas e contar com a atenção da equipe operacional para se atentar a respeito dos erros que foram cometidos no passado. 

  3. Atenção nas datas 
    Por mais simples que possa parecer, as datas são um motivo constante do aparecimento de glosas, como realizar o faturamento um procedimento com uma data de execução anterior à de autorização, por exemplo.  
    É preciso manter um controle rígido das informações de autorização e de execução. Se um número específico de dias para internação é liberado pelo convênio, ele deve ser respeitado. Caso haja a necessidade, é possível requisitar a ampliação. 

  4. Considere automatizar alguns processos 
    A digitalização de documentos e a ajuda da automatização tem se tornado cada mais comum na gestão hospitalar. Esse processo ajuda muito na identificação de erros e, consequentemente, no surgimento das glosas.  
    Um sistema digital pode facilmente identificar quais informações do paciente estão faltando, analisar a divergência de dados e facilitar a organização dos fluxos com a operadora de saúde. 

  5. Quantidade de exames do mesmo paciente 
    É comum existir uma regra sobre a quantidade de exames realizados de uma mesma modalidade. Por exemplo, se um paciente realizar um raio x, o valor deve ser cobrado de forma integral. Porém, caso o paciente necessite de outros dois exames iguais no mesmo dia, geralmente, pode ser que exista uma cláusula que obrigue a operadora a pagar apenas uma parcela do valor.  
    Isso precisa ser respeitado na hora do faturamento, caso contrário irá ocasionar uma glosa. Um sistema digital também pode auxiliar bastante nessa questão, afinal é muito fácil configurar uma regra que respeite as informações do contrato e que faça a dedução automática dos valores. 

  6. Tenha uma visão das glosas e do faturamento  
    Ter uma visão efetiva das glosas e como elas estão impactando o seu negócio, é um recurso importante para entender as dimensões do problema, traduzido em valores, e planejar contramedidas para lidar com os furos no faturamento. Com a plataforma Lever, você faz isso de forma simples e rápida. 

Além disso, você consegue concentrar as informações de todas as operadoras de saúde que você atende em um só lugar e, além de verificar os valores a serem recebidos, é possível fazer a antecipação do seu dinheiro. Dessa forma, você consegue ter controle sobre as finanças da sua clínica, laboratório ou hospital e  concentrar seus ativos financeiros aonde for mais necessário.