A diferença entre antecipação de recebíveis e empréstimos na área da saúde

Conheça melhor as condições das linhas de crédito para o setor de saúde no Brasil e como a antecipação de recebíveis pode ser uma saída para as instituições de saúde no país.

A gestão do fluxo de caixa funciona um pouco diferente no setor da saúde e pode ser um grande desafio. Isso acontece, principalmente, porque o pagamento pelos serviços prestados pode vir de diversas fontes diferentes, cada uma com prazos e regras próprias. Isso dificulta muito a organização financeira das instituições e o planejamento para ações futuras.

Quando uma empresa precisa de capital para comprar equipamentos, trazer inovações para o negócio ou até mesmo pagar dívidas de curto prazo, normalmente, a primeira opção é recorrer a empréstimos bancários. Com os hospitais não é diferente, contudo, as instituições de saúde podem contar com uma outra solução para resolver problemas urgentes no fluxo de caixa: a antecipação de recebíveis.

A antecipação de recebíveis e o empréstimo possuem conceitos e impactos diferentes no gerenciamento financeiro da instituição. A maior diferença entre as duas modalidades é bem simples: “empréstimo” se referem a valores que não são seus e nem do seu negócio. Já “antecipação” se trata de um dinheiro que é do empreendedor, mas que seria recebido apenas no futuro. Bom, vamos entender melhor como isso funciona no cenário brasileiro atual:

 

Como funcionam os empréstimos na saúde

Com uma queda de 40% na receita de clínicas e hospitais durante a pandemia de Covid 19, devido ao grande número de cirurgias e procedimentos cancelados durante esse período, a procura por empréstimos no setor aumentou.

Em 2020, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) abriu uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para o setor, mas trata-se de uma linha de crédito destinada a hospitais com um faturamento acima dos R$ 300 milhões, o que representa a grande minoria das instituições de saúde brasileiras.

Segundo Francisco Balestrin, presidente do SindHosp (Sindicato Patronal dos Estabelecimentos Hospitalares de São Paulo): “menos de 10% de 6.200 hospitais brasileiros faturam esse montante. Foram poucos os que tiveram êxito em obter empréstimo do BNDES. Quem conseguiu dinheiro emprestado conseguiu muito caro, com juros exorbitantes”.

Com grande parte dos hospitais brasileiros se limitando a até cem leitos e, consequentemente, não atingindo as exigências para serem contemplados pelas linhas de créditos do BNDES, a saída para muitas instituições de saúde tem sido as linhas de crédito bancárias normais.

Além disso, na tentativa de renegociar os empréstimos consignados, os gestores acabam se surpreendendo com juros altos, que podem chegar a 13% ao ano. Isso cria uma grande discussão, pois levanta o questionamento em relação às taxas exigidas em outros setores, como o agrícola, com juros de 4% ao ano.

 

Antecipação de recebíveis

Quando falamos em antecipação, estamos falando de valores que já são do prestador de serviço, ou seja, a empresa já realizou o serviço ou vendeu o produto e está apenas esperando para receber. Essa modalidade consiste em permitir que as empresas recebam esse montante antes do prazo previsto, portanto os valores não configuram endividamento no balanço, diferente do empréstimo.

Por mais que esse recurso exclua a necessidade da participação de grandes bancos durante o processo, é necessário a intermediação de uma empresa apta a realizar tal operação. Isso acontece porque, quando uma organização de outro segmento fatura para outra empresa, ela emite uma nota fiscal e um boleto que, caso não seja quitado, permite ao credor cobrar judicialmente a dívida.

Essa operação é diferente para os prestadores de serviço de saúde, já que as instituições não emitem as notas fiscais logo após a prestação do serviço, somente depois que as operadoras indicam o valor a ser pago por cada fatura e sinalizam caso haja alguma glosa. Somado a isso, hospitais e clínicas não emitem boletos de cobrança contra as operadoras, o que tornaria muito difícil a obtenção de antecipação de recebíveis.

A grande vantagem da antecipação está ligada aos prazos de pagamento por parte das operadoras de saúde. É normal que o prestador de serviço espere por até três meses para receber por um valor que já é pertence a ele. Além disso, essa modalidade também ajuda a mitigar os riscos relacionados a possibilidade de não recebimento pelos serviços prestados e um maior controle sobre compromissos financeiros e despesas de emergência.

É preciso deixar claro que essa operação envolve custos para a instituição  de saúde também, afinal, é feito um desconto em cima do valor a ser antecipado por parte da empresa que irá realizar a operação. Entretanto, essa taxa nem se compara aos altos juros dos empréstimos impostos pelos grandes bancos.

 

A Plataforma Lever

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De forma simples, ágil e segura, queremos trazer controle financeiro e liberdade para que as instituições possam direcionar seus ativos quando forem mais necessários. Realizamos nossos serviços em conjunto com as operadoras, permitindo compilar dados e indicadores financeiros de todos os seus parceiros em um só lugar, agilizando sua tomada de decisão e sua operação de faturamento. Conheça melhor nossa solução e fale com um de nossos especialistas para entender como podemos ajudar o seu negócio.